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segunda-feira, 23 de maio de 2016

O que é disciplina que promove a liberdade?


A disciplina  promove o autodomínio e também o autocontrole e com isso muitos acreditam que podem controlar o outro. A disciplina tem seu valor e como todo conhecimento se bem usado só pode favorecer, mas para quem a disciplina é realmente boa? A condição de disciplina não pode se desvincular da ordem, da organização, da seleção. Então como viver a disciplina com liberdade, com criatividade, com autonomia? Será possível?
Sim é possível!
Autonomia é o aroma sutil do autoconhecimento resultado dos treinos e aperfeiçoamentos propostos e experimentados ao longo do processo de disciplina.
Criatividade é o resultado das experiências permitidas e executadas em seu espaço de segurança entre o errar e o aprender.  
A disciplina é sim realmente boa quando em momentos de desenvolvimento se concede um pequeno espaço de segurança para errar e aprender, treinar e corrigir, exercitar e aperfeiçoar. Essa é a disciplina positiva, que colabora com a conquista da liberdade de saber fazer.
Liberdade é uma conquista, ela não existe por si só. Se estiver liberto e pronto para viver a liberdade é porque antes não estava. A liberdade só é plena para aqueles que conhecedores de seus limites, conhecedores de seus poderes atuam  com esse conhecimento na busca de causa e efeito, atuam na direção de uma educação racional e emocional permitindo-se um equilíbrio dinâmico entre disciplina e liberdade.

E finalmente... a disciplina é boa unicamente para quem à pratica, pois dela virá a liberdade única e exclusiva que cada um merecer conquistar.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

ÀS CRIANÇAS QUE SERÃO NOSSOS ADULTOS.


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“O amar a si mesmo é o começo de um romance para a vida toda.  (Oscar Wilde).”


Autoestima -  Começa quando alguém nasce e é tocado com mãos que o amam ou não. O amor de alguém é fundamental para o desenvolvimento do amor a si mesmo. E isso está diretamente relacionado com a imagem que cada um constrói de si mesmo, a partir da imagem que os demais projetam nos diferentes espelhos  que cada um encontra pela vida.
 Autoestima é o mesmo que amor próprio, que reconhece o grau de amor que está dentro de uma pessoa. Estar consciente das habilidades e da capacidade que esse amor reproduz não é tarefa fácil e nem constante. Necessita de um aprendizado.  As interferências do meio, uma relação de coodependência das pessoas e dos fatos são fatores que influenciam este grau de autoestima. Portanto aprender e desenvolver a autoestima são  esforços da consciência que une os sentimentos aos pensamentos, à sociabilidade e a espiritualidade. Numa trama que se bem equilibrada traz a segurança necessária de uma boa escolha... de uma conquista assertiva.

Então.... Você gosta de ser como é?


Você gosta do que vê no espelho?


segunda-feira, 9 de maio de 2016

PENSAR É UM APRENDIZADO QUE PODE SER ORIENTADO AINDA NA PRIMEIRA INFÂNCIA

Cinestesia = Percepção consciente dos movimentos – saber se está sentado ou em pé sem usar a visão. Importante porque  define a condição de aprendizado de si mesmo em relação ao ambiente.

De acordo com os especialistas, muitas técnicas da ginástica cerebral permitem aplicar o movimento para incrementar a potencialidade da aprendizagem e os recursos e talentos pessoais. Por isso, através de uma série de exercícios, a cinestesia pode criar sinapses cerebrais fortes que estimulam fluidos energéticos, como é o caso da dopamina e da endorfina. Ler, realizar exercícios matemáticos e aprender coisas novas são algumas das sugestões para a ginástica mental.

Sinestesia = significa estar junto à sensação, psicologicamente é usada para definir algo como a sensação que as cores podem passar..., cores quentes, cores frias, cheiros doces ou amargos, movimentos leves ou pesados. Essa palavra deve ser usada quando precisamos explicar que uma sensação nos remete a um movimento/visão ou um movimento/visão nos remete a uma sensação.
A sinestesia é uma condição neurológica que implica que o cérebro interpreta sensações de natureza diferentes em simultâneo, ou seja, um som pode representar uma cor ou um aroma (sensações que não são auditivas). Existe uma espécie de cruzamento de sensações em um só estímulo. Assim, uma cor pode ter um sabor ou um som pode ter uma forma.
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a sinestesia não é uma doença, e por isso não há tratamento para ela. É simplesmente uma forma diferente do cérebro processar as informações obtidas através dos sentidos. A sinestesia é uma característica hereditária, sendo mais provável acontecer se há casos dentro de uma família. Alguns estudiosos afirmam que as pessoas que apresentam essa característica possuem uma memória acima da média e uma criatividade bastante desenvolvida.
Cerca de uma em cada 300 pessoas têm sinestesia, ou seja, a capacidade de aprender através da sinestesia
“ O sonho é uma montanha que o pensamento há de escalar. Não há sonho sem pensamento. Brincar é ensinar ideias. (Andrea Azulay)”.

Angélica Sátiro - La maleta mágica de una pedagogía divertida - Jornades...

sexta-feira, 6 de maio de 2016

Compartilhar a informação é mais que obrigação é uma satisfação.https://www.facebook.com/evatania.tania

"A criança não quer pais perfeitos, quer pais presentes", diz cineasta.

Estela Renner, diretora de ‘O Começo da Vida’, que estreia esta semana em SP, relata o que aprendeu, para fazero documentário, ouvindo pais e especialistasde nove países sobre a importância do amor​e do ambiente ​​na primeira infância
Quando a cineasta Estela Renner recebeu o convite para dirigir um filme sobre a primeira infância não imaginava que passaria por tantas descobertas. Mas, à medida que sua pesquisa se desenvolvia, surpreendeu-se com a capacidade transformadora desse período das crianças. É esse retrato que ela aborda e expõe no documentário O Começo da Vida que estreia em São Paulo na quinta-feira.
Interessada em filmes engajados, a diretora de Muito Além do Pesosaiu à cata de um recorte que se mostrasse capaz de “transformar a sociedade de alguma maneira”. E obteve êxito, como explica nesta entrevista à repórter Marilia Neustein. “O filme se tornou uma ferramenta de empoderamento para os pais. Porque mostra que a criança não precisa de brinquedos caros e nem de experiências caras. O que ela precisa é muito mais acessível”, afirma. E acrescenta: “Quem já viu uma criança fazer suas descobertas encontrou ali o extraordinário”. É o “estar presente, mesmo cansada. A criança não quer os pais perfeitos, quer que estejam presentes”.
O longa, que será exibido dia 26 no BID, em Washington, e dia 27 na ONU, em Nova York, procura demonstrar como algumas dessas questões são universais. De que forma? Estela viajou e entrevistou pessoas de nove países. Sua lista inclui gente comum e celebridades como Gisele Bündchen e o Nobel de Economia James Heckman. Dessa diversidade extraiu lições sobre o peso do amor, das relações em família. Deu-se conta de que não estava fazendo um filme “sobre primeira infância”, mas “sobre um projeto de humanidade, que é algo muito maior”. Abaixo, os melhores trechos da entrevista.
Quais motivações a levaram a fazer um filme sobre esse tema?
A minha produtora, a Maria Farinha Filmes, tem um interesse grande em produzir filmes engajados, que as pessoas lá na ponta estão desejando como informação. Isso aconteceu com o Criança, a Alma do Negócio, Muito Além do Peso, Território do Brincar, Tarja Branca.
E por que primeira infância?
A Fundação Maria Cecília Souto Vidigal nos procurou, porque queriam um filme focado nesse tema – e sem nenhum recorte específico. Quando o convite chegou, pensei no desafio e numa grande pesquisa. Então, me questionei qual seria o recorte adequado.
E o que descobriu com a sua pesquisa?
Durante todo o processo de leituras ou entrevistas com especialistas, uma constatação se repetia: que a maior revolução da neurociência, da pedagogia, da psiquiatria… é que a criança é formada não só a partir da sua carga genética, mas também a partir das relações que ela tem com o meio ambiente.
Concretamente, que ambiente e que interações são essas?
Foi justamente o que me perguntei. Ficou claro que, ao falar de ambiente e interações, todos esses especialistas estavam falando de amor. A relação que temos com nossos irmãos, avós, com as histórias que nos são contadas… isso é o que nos forma. Então, se temos tudo isso pra dar a uma criança… por que não estamos dando? Como podemos ser esse ambiente para as crianças? Fiz um filme inteiro sobre isso.
Você já explicou que o filme é dividido em atos.
Sim, no primeiro mostramos como o bebê não é um objeto de cuidados, mas uma pessoa potente, capaz. Isso deve ser levado muito a sério. Meu olhar em relação aos bebês mudou muito, porque eu tenho três filhos. Eu achava importante as crianças brincarem, mas não entendia o que existia dentro da brincadeira. O filme abre para essa importância dos relacionamentos: com a mãe, pai, a natureza, o brincar, a importância de ficar em silêncio. E o terceiro ato fala um pouco do que pode acontecer se a criança não tem isso.
E como foi essa parte?
Foi muito forte. No começo eu achava que estava fazendo um filme sobre primeira infância. Passando o tempo, descobri que estávamos falando sobre um projeto de humanidade. Algo bem maior do que nós.
Você entrevista, no filme, pessoas de diversos países, culturas e classes sociais. O que de universal você encontrou?
Fui buscar um recorte universal dos relacionamentos humanos. Estamos todos no mesmo barco e isso ficou muito claro. Falamos com um pai viúvo – que mora na maior favela da África –, com um chinês de classe média e com Gisele Bündchen. E fizemos a mesma pergunta: “O que você quer para seus filhos?” E eles querem a mesma coisa. A Gisele, por exemplo, diz que quer ouvi-los. E a mesma resposta tivemos de uma mãe que tem 13 filhos e vive num ambiente marcado pela violência. Ficou claro que o recorte do filme não é um recorte geográfico, e sim de sentimentos, de relacionamentos humanos, que nos unem.
Isso foi o mais revelador?
O que foi mais revelador foi​ ​entender, no decorrer do processo, que esse filme pode ter uma importância grande. Um dos desafios que me propus foi pegar o conhecimento de especialistas renomados que entrevistamos e juntá-lo com o cotidiano de todo mundo. E o filme se tornou uma ferramenta de empoderamento para os pais. Porque mostra que a criança não precisa de brinquedos caros e experiências caras. O que ela precisa é de algo muito mais acessível. Quem já viu uma criança fazer suas descobertas encontrou ali o extraordinário. É só você conseguir estar presente, mesmo cansada. A criança aceita seu cansaço. Ela não quer os pais perfeitos, mas presentes.
No trailer tem uma fala do prêmio Nobel James Heckman, sobre como o amor é uma parte importante para a economia e pouco valorizada na sociedade.
Acho que esse conceito ficou muito na casa do poeta viajante, do hippie… Mas se há uma coisa que faz o mundo girar é o amor. Só que não o colocamos no centro de tudo. Precisamos de um Nobel de Economia dizê-lo para acreditar. Mas, tudo bem. Ele está falando e espero que isso seja importante para líderes de empresas, políticos, para quem pode fazer mudanças em um escopo maior.
Você citou as crianças que não recebem amor nesse período da vida. O que descobriu?
Tem uma área grande, a da epigenética, que diz que toda criança nasce com o potencial de ser afetuosa, mas, se não foi amada pelos pais, quando for mãe ou pai também não vai saber amar o filho. Então, é intergeracional.
Cria-se uma linha sucessória de não amores?
Exatamente. Você perde a a capacidade de amar. É claro que somos resilientes, aprendemos, evoluímos, mas os períodos de formação são os que cimentam a nossa personalidade. Então é complexo. Mas o filme traz a mensagem de que se você melhora, tem a capacidade de transformar a humanidade. As crianças têm a potência de uma humanidade dentro delas, são os elementos que estão contando essa história, não a gente.
O que vemos no mundo são grandes demonstrações de radicalização e intolerância.
É verdade. Existem grupos de extremistas que premiam a morte. E, de repente, estamos falando de pais, crianças, e de todo mundo que quer dar para as crianças vontade de vida.
E como fazer isso?
Valorizando a ética, a moral, a beleza, cuidado, criatividade, liberdade, amor, afeto, chão, abraço… São esses os valores a construir… E a partir deles é que temos de construir uma sociedade. Não através de pessimismo, mas a partir de otimismo.
Já se discute a questão de gênero na infância também.
Sim. Acho que é na infância e nasce o machismo. Se você tem não uma licença parental para o homem, é como se essa presença não fosse importante para o bebê. O pai que cuida do filho e exerce a empatia no relacionamento com ele, com certeza será um homem diferente. Não é só o bebê que ganha, o pai também. A sociedade ganha. E o pai que participa valoriza muito mais a função materna também. Mostramos no filme que, muitas vezes, a função materna não precisa ser necessariamente exercida pela mãe. E muitas vezes não é.
Qual o próximo projeto?
Nenhum assunto me é tão visceral, depois desse, como as mudanças climáticas.
Por Sonia Racy - 02/05/2016. Estadão.